quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Análise do vírus lançado em instalações nucleares iranianas pode revelar país de origem do ataque

Especialistas encontraram uma palavra que faz referência bíblica e pode fazer parte de guerra psicológica

 
Apesar do ataque, nenhum dano grave foi causado às instalações
Apesar do ataque, nenhum dano grave foi causado às instalações

Engenheiros de Software passaram os últimos dias analisando o código por dentro do supervírus Stuxnet, que concentrou seus ataques em instalações industriais do Irã no último dia 26 de setembro. Encontraram uma palavra que pode revelar o país de origem dos ataques, segundo notícia do New York Times.
A fonte dos ataques, segundo os especialistas, pode ser Israel. Os engenheiros encontraram no código a palavra “Myrtus”, que pode ser uma alusão ao Livro de Ester.
Um pouco de história.
O livro, que faz parte do Velho Testamento da Bíblia, fala de uma mulher judia que se casa com o Rei da Pérsia, região onde hoje fica o Irã. O primeiro ministro persa não gostava de Ester, então planeja o assassinato de todos os judeus estabelecidos no Império. Um primo de Ester, Mordecai, acaba descobrindo o plano e o revela para o Rei, que manda matar o primeiro ministro e dá a permissão para que os judeus se defendam de qualquer ataque, o que eles acabam fazendo: matam 75 mil persas.
De volta à realidade.
O Stuxnet foi desenhado para atacar controladores Simatic S-7 da Siemens, usados em usinas nucleares, bases petrolíferas e usinas elétricas. Já havia sido encontrado na China, Índia e Indonésia, mas foi especialmente concentrado no Irã. Para especialistas consultados pelo jornal, o fato de o vírus conter a palavra que faz referência à Bíblia pode revelar não descuido ou uma referência vaga, mas uma ferramenta de guerra psicológica; uma maneira de dizer: “não cometam erros, estamos de olho em vocês”.
com informações do NYT

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