segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Ahmadinejad parabeniza Dilma por vitória e pede apoio do Brasil no cenário internacional

Publicada em 01/11/2010 às 12h38m
Agência Brasil
 
BRASÍLIA - O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, enviou nesta segunda-feira uma carta à presidente eleita Dilma Rousseff (PT) parabenizando-a pela vitória nas eleições. Segundo informações da Presidência do Irã, Ahmadinejad disse estar confiante no progresso e desenvolvimento do Brasil "em velocidade máxima" durante o governo de Dilma. Ahmadinejad afirmou ainda que confia que as relações entre o Irã e o Brasil serão intensificadas no próximo governo.
"Estou confiante de que o Brasil vai progredir e desenvolver, em velocidade máxima, durante seu mandato presidencial", afirmou Ahmadinejad na carta.
A notícia ganhou destaque na agência estatal de notícias do Irã, a Irna. Uma fotografia de Dilma ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ilustra a principal reportagem do site em inglês. O título da reportagem é "Presidente Mahmoud Ahmadinejad felicita Dilma Rousseff por ser a nova presidente do Brasil".
Na correspondência enviada à Dilma, o presidente iraniano afirmou estar confiante na ampliação das relações entre o Brasil e o Irã, assim como nos esforços pelo respeito às normas internacionais de Justiça, segurança e estabilidade.
Ahmadinejad não menciona os Estados Unidos, mas reclama dos "padrões duplos" utilizados por parte da comunidade internacional para analisar questões específicas. Ele se referiu ao programa nuclear iraniano, que é alvo de sanções do Conselho de Segurança das Nações Unidas e unilateralmente de vários países. O tom da carta é de pedido de apoio ao Irã.
Para parte da comunidade internacional, há produção secreta de armas atômicas no Irã. Ahmadinejad e demais autoridades iranianas negam as acusações. O Brasil e a Turquia defenderam a adoção de um acordo para a troca de urânio como meio de encerrar o impasse em torno do programa nuclear. Mas a proposta não foi aceita pela comunidade internacional. As negociações serão retomadas na próxima semana, no dia 10.
A presidente eleita sinalizou que pretende manter a política externa adotada por Lula nos dois mandatos. É a chamada política de diversificação de parceiros.

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