Especialistas encontraram uma palavra que faz referência bíblica e pode fazer parte de guerra psicológica
Apesar do ataque, nenhum dano grave foi causado às instalações
Engenheiros de Software passaram os últimos dias analisando o código por dentro do supervírus Stuxnet, que concentrou seus ataques em instalações industriais do Irã no último dia 26 de setembro. Encontraram uma palavra que pode revelar o país de origem dos ataques, segundo notícia do New York Times.
A fonte dos ataques, segundo os especialistas, pode ser Israel. Os engenheiros encontraram no código a palavra “Myrtus”, que pode ser uma alusão ao Livro de Ester.
Um pouco de história.
O livro, que faz parte do Velho Testamento da Bíblia, fala de uma mulher judia que se casa com o Rei da Pérsia, região onde hoje fica o Irã. O primeiro ministro persa não gostava de Ester, então planeja o assassinato de todos os judeus estabelecidos no Império. Um primo de Ester, Mordecai, acaba descobrindo o plano e o revela para o Rei, que manda matar o primeiro ministro e dá a permissão para que os judeus se defendam de qualquer ataque, o que eles acabam fazendo: matam 75 mil persas.
De volta à realidade.
O Stuxnet foi desenhado para atacar controladores Simatic S-7 da Siemens, usados em usinas nucleares, bases petrolíferas e usinas elétricas. Já havia sido encontrado na China, Índia e Indonésia, mas foi especialmente concentrado no Irã. Para especialistas consultados pelo jornal, o fato de o vírus conter a palavra que faz referência à Bíblia pode revelar não descuido ou uma referência vaga, mas uma ferramenta de guerra psicológica; uma maneira de dizer: “não cometam erros, estamos de olho em vocês”.
com informações do NYT
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